A Estrela Flor e as confabulações de Marias.
Por
Cristiane Santos.
... Ela
me encontra novamente, observo suas cores e texturas, é a Estrela é a Flor, é o
encontro deste feminino popular, arcaico e jovem, rural e urbano.
E o
encanto acontece novamente, que entarder que era aquele, neste objeto Estrela
Flor, um começo sem fim e um fim sem começo, pela hora do dia pela da noite,
respiro fundo e neste momento ouço a Velha Maria dizendo a Jovem Maria: O que tem de Ser tem muita força minha filha. Agora segue esta Estrela, porque a Vida se
faz é na travessia.
- vou caminhar que o mundo gira! Vou
caminha que o mundo gira!
- É nas encruzilhadas que encontramos os
caminhos Maria, a Vida vai sendo, vai se renovando, vai cantando, dançando, se
embaralhando e se criando Vida, tecendo e destecendo este tramado de muitas
estórias, corre por este mundão Maria, corre
Esta Estrela Flor é seu amuleto da Sorte
leva sempre contigo assim vai abrindo chegança com as alegrias, pois vento que venta lá venta cá. (uma amiga
da cidade por onde o Mar caminha me contou)...
Ah ...Maria!
Rodopia ciranda e canta verso, porque
cantando vamos espantando o frio da Alma.
Nossa alquimia popular ori-enta: banho de
alfazema, alecrim, flor de laranjeira... pede licença ao povo da rua e agradece
as mais Velhas e as maia Jovens...
Entra na roda e balanceia sua saia...
Ser Maria é chama Arrisca!
Este
confabular de Viver-Marias, esta vida que vive na gente, Ser Maria é chama Arrisca!
Este
confabular de Viver-Marias, esta vida que vive na gente tem muita força.