Relatos de um passante...
Marechal por onde a vida passa... Por onde vamos passando e deixando nossos vestígios de dança, inscrições na história.
Dona Verônica alimentava os pombos... Eu sou uma pomba na cidade.
Para quem partia a caminho do porto de Santos parava na pequena capela da Santa Filomena e pedia proteção... Caminhos para o mar – Caminhos para o Amar.
São Bernardo do Campo 765.203 habitantes... Por onde caminham os pés?
“Eu nasci na Marechal, minha casa tinha um quintal com terra, árvores, flores – lá na Santa Filomena tinha, tinha sim um jardim...” - vontade de abrir buracos no cimento para ver a cor da terra.
Procissão da nossa Senhora da Boa Viagem, carroças, bicicletas, rei do congo, rezas e flores. A nossa rainha foi coroada... – An dor. Pelos vales e campinas verdejante eu vou, é o senhor que me leva a descansar...
Cidade dos móveis, dos automóveis, cidade dormitório... – Acorda cidadezinha, o que esperas?
Um comentário:
Dobrar o tempo em matérias re-significantes.
A memória como aisthésis. Um corpo que dança uma memória,uma memória que se expande pelos corpos num gesto que remonta e afeta. O afeto, um afago, mesmo que não tenha tal intenção. Estar no meio entre os que vem e os que esperam chegar. Esta dança e sua ânsia cria um campo,um jogo de forças que dilui as fronteiras entre o pessoal e o coletivo. Estar no meio, entre um ponto e outro, um nó. Passar por este campo de tensões é comungar deste afeto, deste afetar-se. É contemplar a si.
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