domingo, 21 de abril de 2013

: "Aqui não Sr. Patrão": o que nos deu a pensar:



                                                       dialogo devaneante entre Anderson Gomes e Patrícia Santos



VEM PARA RUA!!!

“VEM, NADA NOS PRENDE, OMBRO NO OMBRO ! ! !”

VEM PRA PRAÇA ! ! ! VEM VÊ ! ! !


Violar. Tirar o couro, assolar a carne. Sob a sola do mando de sol a sol.  Sob o jugo, o lombo e a vida torta; no molde, conformar a bota que vos irá pisar. O patrão que padroniza e a ferro e fogo satura uma vontade. o hábito de tornar-se invisível, logo, sem reflexo.







Encenar, criar uma situação, encadear tempos, diluir fronteiras entre o riso e o olhar aberto (para dentro e para fora), uma trombada catártica na catraca que se insinua entre vida e sonho. O sonho é a matéria do corpo. O corpo, irmão do compasso que dá o tom à vivência.
                                                                                                                                                        algo no corpo anímico que encena desfila o reconhecimento no palco da vida cotidiana:  


- AQUELE SOU EU! , mas num outro corpo.


- ESTA VIDA É A MINHA!, mas num outro tempo...



Aí a fenda é aberta. . .


O riso é uma fenda. E por ele abismasse uma volúpia que tem por preceito partir a vida num antes e num depois. O canto dos atuantes chama e o fogo é o encontro entre a voz e a vez daqueles que, transformados pelo campo trans-temporal da encenação, agora passam a vigorar no corpo da história.


O encontro potencializa um pertencimento.


Somente pertencendo é possível mover-se no acontecimento, numa devolutiva de afetos, afetando e sendo afetado.






A CENA:  O élan que dá o chão para um pé que tem vocação de salto.


(Para o ar é imprescindível o contraponto da terra, geradora do impulso).


Mais do que destronar o patrão, inverter o padrão, a polícia ideológica que vige no interior do ser dito “socializado”, que dirige o senso de normalidade e impede que se digira, que se mastigue o pastiche com dentição sã, que se aparte isto daquilo, que se tenha a capacidade de um salto no aberto, de inventar outra que não esta ideia de existência ou sub-existência.





VEM PRA PRAÇA! ! ! VEM VÊ! ! !


“VEM COMUNGAR COM POETAS, MALDITOS, INQUIETOS, 

PIRADOS, ATORES, VIDENTES, 

ARTISTAS, DESCONTENTES, 

CRIANÇAS, LOUCOS DE CARA!!!”


“VEM, NADA NOS PRENDE, OMBRO NO OMBRO! ! !”



fotos: Anderson Gomes

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