"a
memória é um grão invisível que reverbera na fotografia"
verso
contrabandeado de uma estrela dançarina
"O
que se moveu na cidade naqueles dias que An.dor acontecia nas ruas?"
patrícia santos
. . . E dessa aventura de dançar com a cidade em novembro de 2011 nasceu o “An.dor”, composição cênica que parte de uma dramaturgia do
movimento, tecendo e construindo de forma não linear sua trama de sentidos
pelos espaços de passagem da cidade . . .
"Mais do que contar a história de forma literal, o
que nos moveu foi a possibilidade de re-inventar cenicamente a cidade que
habitamos, buscando deslocar o olhar do passante para uma imagem poética,
rompendo por um instante o fluxo cotidiano dos centros comerciais. Dançar com a
cidade é habitar poeticamente os lugares, abrir espaços para a possibilidade de
uma experiência estética."
"Apresentar-se à terra e aos ceús, aos deuses e aos homens dançando "um outro numa unidade originária" é o que se guardou da última apresentação-oferenda de An.dor (em 26/11/2011). E então eu soube o que é habitar. . .
O que se moveu na cidade naqueles dias que An.dor acontecia nas ruas?
Guardo, resguardo, velo isto:
as terras, o barro, a lama.
o sal, o anônimo, a viagem,
caminhos do mar.
a água, as enchentes, o estar em obra.
o retumbar antigo da música nº06.
a procissão de pessoas assustadas, intrigadas, com raiva,
intolerantes, curiosas, comovidas, atentas."
Patrícia Santos
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