nossa tentativa de romper as armadilhas de um "tema",
nossa tentativa de se perguntar sobre as representações culturais, artísticas e sociais que se forjam sobre os povos originais,
tentativa de nos desescolarizar,
nossa tentativa de nos des-estetizar do fetichismo do consumo do exótico, do "outro" sempre representado, espetacularizado, sempre colonizado.
Nossa tentativa de nos comprometer . . .
Quem conhece a jovem Ysani Kalapalo? Quem conhece a luta da Davi Kopenawa? A perseguição e tortura militar que Tiure Potiguara sofreu na Ditadura? O assassinato de Ambrósio Vilhalva? Quem conhece a advogada Joenia Wapixana? Quem se lembra da corajosa Tuira Kayapó que em 89 já declarou guerra à construção de Kararaô (atual Belo Monte)?
1.As Palavras
2.O sagrado
3.Escolarização
4.Apagamento
"Ó verdadeiro início de tudo!
Em sua terra, Ñamandu de coração grande,
e se todos e tudo erguem-se simultaneamente
com o reflexo de sua divina sabedoria.
Em virtude de haveres tu disposto que aqueles
a quem tu proveste deste arco-vida se erguessem
é que nós voltamos a erguer-nos.
Em virtude de sermos palavras indestrutíveis
que em nenhum tempo, sem exceção, morrerão,
em virtude de sermos palavras,
nos será permitido cantar repetidas vezes
em diferentes formas,
ó verdadeiro pai Ñamandu, Grande Mistério, o Primeiro"
Tradição oral Guarani escrita por Kaka Werá Jecupé
Agradecemos imensamente a Barbara Morais e o Marcelo Eme, da Panamérica Filmes, por terem registrado de modo tão intenso esse trabalho, por terem vindo tão disponíveis para nos acompanhar nesse dia e por acreditarem nessa tentativa-pergunta-ação. Muito Obrigada!!!
Por Patrícia Janaína Santos.
Fotos: Panamérica Filmes |
Um comentário:
Parabéns ! Pelo trabalho magnífico .Cenas fortes que nos sensibilizaram...
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