terça-feira, 28 de julho de 2020

Carta Estrela Flor


Foto: Cia. As Marias, 2011

A Estrela Flor e as confabulações de Marias.

Por Cristiane Santos.

 

... Ela me encontra novamente, observo suas cores e texturas, é a Estrela é a Flor, é o encontro deste feminino popular, arcaico e jovem, rural e urbano.


E o encanto acontece novamente, que entarder que era aquele, neste objeto Estrela Flor, um começo sem fim e um fim sem começo, pela hora do dia pela da noite, respiro fundo e neste momento ouço a Velha Maria dizendo a Jovem Maria: O que tem de Ser tem muita força minha filha.  Agora segue esta Estrela, porque a Vida se faz é na travessia.


- vou caminhar que o mundo gira! Vou caminha que o mundo gira!


- É nas encruzilhadas que encontramos os caminhos Maria, a Vida vai sendo, vai se renovando, vai cantando, dançando, se embaralhando e se criando Vida, tecendo e destecendo este tramado de muitas estórias, corre por este mundão Maria, corre


Esta Estrela Flor é seu amuleto da Sorte leva sempre contigo assim vai abrindo chegança com as alegrias, pois vento que venta lá venta cá. (uma amiga da cidade por onde o Mar caminha me contou)...


Ah ...Maria!


Rodopia ciranda e canta verso, porque cantando vamos espantando o frio da Alma.

Nossa alquimia popular ori-enta: banho de alfazema, alecrim, flor de laranjeira... pede licença ao povo da rua e agradece as mais Velhas e as maia Jovens...

Entra na roda e balanceia sua saia...

Ser Maria é chama Arrisca!


Este confabular de Viver-Marias, esta vida que vive na gente, Ser Maria é chama Arrisca!


Este confabular de Viver-Marias, esta vida que vive na gente tem muita força.



Carta Caminhão


Foto: Cia. As Marias, 2011

Carta  Caminhão - Binho Signorelli

Nos primeiros passos, vestia se de sapatos vermelhos, estrelas e flores, e deixava a cidade performar nos contornos do corpo, procurando um popular, um devir de cosmogonias, conhecidas e desconhecidas. 

 

Tantas bravuras, tantas engraçadas anedotas, a poética filosófica que caiba dentro dessas existências, transmuta e se refaz a cada encontro que celebra o feminino na sua potência em lugares pouco visitados. Desde estender as roupas num dia intenso de apresentação nas caçamba do poçante do Manolo, encontros com nomes que ajudaram a constituir o que viemos ser hoje, agradecidas estamos as parcerias. 

 

Esta narrativa ainda em construção viaja no banco da motorista, dirigindo a procura das memórias não escritas em livros, mas que cabe nas bocas da vizinhança. Percorreu tantos estados, cidades, bairros e favelas. Vozes que ainda ecoam em nossas intersecções de linguagens. 

 

Maria de nome e sobrenome, toma a mais um gole de vida, Maria entende do embate, Maria busca a liberdade das oralituras, Maria é uma grande nave que atravessa uma larga travessia de tantas histórias. 

 

Aqui poucas palavras para sintetizar as 15 primaveras, outonos, invernos e verões. 15 anos de muita labuta e muita excursão. Uma volta nas raízes para celebrar o que de mais brincante há, a passagem abertar tempos atrás, a rua como mais uma integrante, sem ela seria outra coisa que não fossemos agora, é uma bela trajetória, Cia As Marias, ontem, hoje e sempre. 



Carta RUA


Foto: Barbara Morais, 2017

Carta Rua 

Patricia Santos

 

ATENÇÃO ATENÇÃO vem chegando a sua rua a carruagem-palco-caminhão do Seu Manolo trazendo a Cia. As Marias, grupo Mulher força cultura popular força intervenção potência da natureza atravessando seu cotidiano com versos, terra, megafone, águas, acampamento, bacias, cadeiras, sal maleta; um chá para aliviar a espera, um cine na sua esquina; prometemos uma Saga, uma Moça, Comadres; vestidos sapatos sapatos e flores de milmaravilhas; bandeirinhas coloridas, lambes-lambes subversivos, estandartes de Santos e do Diabo também! por que na lida co’a morte e a vida Danso Canto Invento e brinco Desafio o tempo e arrisco Ser Maria é chama arisca.

 

ATENÇÃO ATENÇÃO logo adiante pelas ruas desertas da manhã que começa a clarear, ouvíamos passos de caminhantes VAI COMEÇAR O BAILE.

 

Percebeu? O mundo está encolhendo.

 

ATENÇÃO ATENÇÃO freguesia vem chegando à sua RUA um bando mambembe um bando complô do Mar um bando extemporâneo bando esquisito gente MULHER brincando e enunciando outra rua, uma rua porvir, uma RUA BRASIL DEVIR onde bonecas boi&burrinha caixa pandeiro sombrinha mestras&mestres  fazem folia e parceria com a Vida.

Ahhhh Rua tão perigosa : VIVER nem não é tão perigoso, “o diabo na rua no meio do redemunho” quantos ruas caminhei?

Quantos sonhos e derivas no ventre da rua depositei almejei con-fabulei? 

Rua Marechal Deodoro, Rua Cabral da Câmara Rua João Firmino Calçadão Oliveira Lima Alameda da Universidade Rua Vereador Gustavo Sonnewend Neto Feira do Campanário Feira do Verde Praça Santa Filomena, Praça da Matriz Praça Névio Albiero Jardim Calux, Jardim Imigrantes Praça Castro Alves Parque Rafael Lazzuri Parque Celso Daniel, Parque Salvador Arena Rua Boa Vista Praça Vila do Doce, Praça do Coco Barão Geraldo, Vale do Anhangabaú, Paquetá Santos, Paranapiacaba, Estrada das Lágrimas, Rua Misericordia, Rua Onze de Junho, Praça Padre Penido Burnier Jd. Julieta, Santana de Parnaiba, Parque São Bernardo, Jardim Represa, São José dos Campos, Jardim Silvina, Vila São Pedro, Jardim Uenoyama, Jardim Alvarenga, Parque das Garças, Bairro Cooperativa, Vila Marchi, Arena do Circo, Praça Giovanni Breda, Praça Vó Rita Cidade Nova São Miguel

Ah RUA quando voltaremos ao seu epicentro? A pandemia nos impede de estar em você mas nossos diurnos&noturnos desejos se encantam em ti derivantes.

RUA por onde a vida passa e por onde vamos deixando nossos vestígios

“o que aquilo nunca parava, não tinha começo nem fim?

Não fazia tempo decorrido. E como ajuizado terminar, então? Precisava. E fiz uma força, comigo, para me soltar do encantamento. Não podia, não me conseguia – para fora do corrido contínuo, do incessar (...) Entendi. Cada um de nós se esquecera de seu mesmo, e estávamos transvivendo, sobrecrentes, disto: que era o verdadeiro viver?”(Guimarães Rosa)

 

RuA

–Mares sem Fim


Live + últimas cartas

 Nossa Live foi linda demais! Para quem não viu, confere AQUI!

Eis nossas ultimas cartas trazendo um caminho muito auspicioso!

Foto: Barbara Morais, 2017

Foto: Cia. As Marias, 2011

Foto: Cia. As Marias, 2011

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Tarô das Marias VII - Live

A cigana Luciana em sete dias
nossos 15 anos apontou
teceu desteceu e reteceu
esse diverso caminhar
e quando no relógio
o ponteiro bater as três
Na live vamos afinal comunicar
as três cartas que faltam
pra nosso futuro comungar
Só vem!!!


domingo, 26 de julho de 2020

Tarô das Marias - Live


Carta Arraial


Foto: Cia. As Marias, 2015

A Encantada do Arraial

Binho Signorelli


Nascia enovelada de palha, chita e botões,

A Encantada do Arraial.

Só era vista nessa época,

E só por olhos de corações apaixonados.

Se houvesse um casal de dengo,

Lá estava a Encantada do Arraial a lançar seu charme.

A ganhura dos brincos de rosas grandes,

Veio de uma competição de rapazes,

Estes, arrebatados pelas paixões,

Esqueciam suas namoradeiras,

Foi aí que as delicadas orelhas ganharam suas rosas.

E corriam atrás de outro rabo de saia dançante,

Quando o pico da fogueira flamejava,

Era quando a moça boneca aparecia,

Não importava que não era de carne e osso,

Só importava ter uma chance de dançar com ela,

Acompanhados pelas faíscas voavam. 

Mas o pobre coração da moçoila se chamegou,

Por um broto que ia em sua direção,

Toda serelepe ficou, 

Se tivesse um coração, talvez tivesse palpitado,

Mas o moço vestido todo de azul passou por ela,

O único não rendido de suas graças arraialescas,

Dançava cangote com cangote com outra moça,

Dizem que aí, a Encantada do Arraial,

Perdeu a cabeça e se tornara a protetora da brincadeira. 

Guardaram sua cabeça numa redoma,

Pra quando o sol girar mais uma vez,

E a fogueira, o baião voltar a entoar as noites de São João,

Lá estaria a cabeça no alto do pau de cebo,

Zeladora dos corações paixonantes.

Carta Barquinho


Foto: Barbara Morais, 2017

Carta Pina


Foto: Cia. As Marias, 2015

Para as Marias de ontem, hoje e amanhã

 Patricia Santos


“- hoje vamos ao baile!” *

 

“essa é a parte da composição que muitas vezes é constituída por detalhes muitos pequenos. Mas isto começa assim e eu não sei exatamente para onde seguir . . .” (pina bausch)

“-Vamos ao baile, sim. Você não costumava dançar, antes?” *

 

- Sim, costumo dançar nessa praça, nesse café, naquela faixa de pedestres também, sim costumo dançar cinemática com tuas perguntas! Kontakthof

 

“Ternura. O que é isto? O que se faz com isso? Para onde vai? E até onde vai a ternura mesmo? Quando não é mais ternura? Ou mesmo então ainda o é?” Perguntava Pina Bausch

As perguntas de pina abriam portas, janelas, buracos, sensações, soletramentos que já não fazíamos.

VAI COMEÇAR O BAILE!

Pela última vez ela saiu em busca do seu perfume tomou chá e se vestiu de flor um girassol nasceu bem aqui

A manobra no tempo Maria: “é preciso abandonar a vida que planejamos, para viver a vida que nos espera” (Joseph Campbell)

 

“Olhou fundo os seus olhos e viu neles um abandono sem nome, como esse vapor que restara de seu perfume . . . “ *

 

“Uma carícia também pode ser uma dança!” – sussurrou para nós Pina Bausch

 

“O baile, aquele convite, eram uma despedida”*

 

Pela última vez ela saiu em busca do seu perfume tomou chá e se vestiu de flor sapatos surgiram bem aqui

 

“Eu acho que antes a gente tem que voltar a aprender a dançar, ou antes tem que aprender outra coisa – depois a gente pode talvez voltar a dançar” (Pina Bausch)

 

“A lágrima é água e só a água lava tristeza . . . De quem, dentro dela mesma, ela se despedia?” *

 

Pela última vez ela saiu em busca do seu perfume tomou chá e se vestiu de flor sapatos vermelhos toda sorte de miúdas bolinhas coloridas sorriam bem aqui

 

“Olhou o estrelejo nos céus. As estrelas são os olhos de quem morreu de amor. Ficam nos contemplando de cima, a mostrar que só o amor concede eternidades” *

 

(...)

 

“Porque, dentro dela, em olfactos só da alma, ela sentiu o perfume.” *

 

*trechos do conto O Perfume, de Mia Couto (Estórias Abensonhadas, Editorial Caminho, 1994)

Tarô das Marias VI

Hoje saem três cartas

Segunda vai ter live

Pra mostra as derradeiras


Foto: Cia. As Marias, 2015

Foto: Barbara Morais, 2017

Foto: Cia. As Marias, 2015


sábado, 25 de julho de 2020

Carta (R) Existir


Foto: Cia. As Marias,

Carta (R) Existir

Patricia Santos


Eu não quero ter o limite da categoria humano, quero ter a multiplicidade de um corpo-boi, corpo-boneca, corpo-vento, corpo-tambor, corpo encantado das ruas, corpo encantado das festas.

 A FESTA NÃO É PARA CONSUMIR!

"Porque a festa é esta clareira para a qual cada um traz a sua estória, é um encontro de fios de vida que de repente se emaranha e forma linda teia reluzente. O conjunto de amigos e familiares não são vidas em teia que podem escolher brilhar juntas? A boa festa reflete esse brilho, faz passar acima do difícil da vida, nem que seja por uma noite, para ganhar a força que o afeto partilhado produz. “A ver: ô mundo, esta vida, quando descansa de ser ruim, é até engraçada.”"

(fonte: http://outraspalavras.net/oca/2015/06/29/guimaraes-rosa-especula-sobre-o-ato-de-celebrar/)


Fui educada pela Festa

Viajei no som de toadas sempre

Amei, dancei, cantei dentro delas

Fui Boi, fui Dansadeira,

Fui a roda da roda da saia

O bater da caixa da ciranda,

E em cada pisada poeira terreiro praça

Virei Rei, Rainha Caboclinha

Catirina e Bastião

Fui Lera, Zé da Fome e a Maroca

Fui o Diabo São Gonçalo e a Cumadre  

Vendi beijos, vendi sonhos,

Viajei na cacunda do Tempo

Ergui minhas bandeirinhas e celebrei Xangô Menino

Fui educada pela Festa

Na campainha de mestras e mestres

Crianças, velhos, mulheres

Bebi, comi e servi na pharmacopéia da alegria

Cortejo da existência insistência

Despistando a Fome e a Morte

Fui educada pela festa.

 

“E todos os dias têm essa janela por diante,

 E todas as horas parecem minhas dessa maneira”

(Alvaro de Campos)

 

Carta Anônimo


Foto: Cia. As Marias, 2011

Confabulação da mala “anônimo”

Binho Signorelli

A tentativa de se aproximar da membrana da lembrança, de poder reviver a experiência (re)contanda, traz esse pequeno fio as nuvens do pensamento, uma pequena história que pode ser (re)contada de muitas formas, todavia num pequeno trecho de palavras, as sinapses se interligam, se encontram. Quando começa uma história?

O pequeno cinema da mente conta...

O mato grosso que antes imperava, dava espaço para o piso de concreto com desenhos arredondados que se encontravam como olhos uníssonos, sem a existência de um nariz para inalar e separar.

Um corte de tempo de dois segundos transforma aquele cenário...

Nômade anônimo que saiu de sua cidade natal para encontrar novas chances, oportunidades de empregos. Tudo que carregou consigo foi a pequena malinha, trocando de mão em mão assim que os dedos pesavam e inchados não conseguiam se esticar ou retrair.

Sua última despedida foi olhar o mar que se encontrava com o céu no horizonte alaranjado de um fim de tarde. Colocou na mala um búzio e um punhado de areia. Se despediu da grande mãe, prometendo retornar um dia para seus braços, voltava de costas para o continente, e de frente a sua imensidão em respeito. E partiu dali, sem mais cais, sem mais embarcações, somente sua navegação em outros mares, desta vez, duro.

Um pé atrás do outro, dia após dia, DANÇANDO COM A CIDADE, noite arrumando algum lugar para um descanso, pois até sonhos precisam ter tempo de sonhar e descansar. Conseguiu trabalho numa fábrica de um setor metalúrgico. Trabalhava horas para receber esmolas. Mas tinha uma coisa que não soltava, sua malinha. Ia consigo para qualquer lugar que seus pés o guiavam. Assim como nas greves nos finais da década de setenta, lá estava ela, toda sua origem recente, era mais um corpo coletivo no meio dos trabalhadores, mais um pequeno território de combate, sua alça nunca largava sua mão.

O tempo seguiu seu curso. Nômade anônimo encontrou alguém para compartilhar a vida, teve filhas e filhos, netas e netos, se aposentou na mesma fábrica que ingressou assim que chegou na cidade, chegando o momento de sua partida.

Um certo dia, sua neta já com certa idade, percebeu uma pequena duna branca formada na porta de sua casa. Perseguiu como detetive à procura de respostas para um grande mistério, eis que ela entra no quarto de sua avó, guiada pelo rastro cristalizado e fino no chão. Abriu o guarda roupa e encontrou a mala. De boca em boca na família ninguém sabia explicar do porquê a mala vazar. Para encurtar a história, a mala seria deixada num poste qualquer numa rua comercial central.

Uma mulher de cabelos de raios de fogo, explorando os estímulos que a rua lhe apresentava, percebeu um objeto quadrado encostado num poste amarrotado de sacos de lixo. Como ela diria numa conversa despojada – “quem mais conhece a textura de uma cidade, é a mão de um carroceiro...” Viu a beleza camuflada naquela mala. Também notou que a mala escorria sal, desenhando os caminhos por onde percorria. Instigada, dançava com a cidade, deixando a cartografia de seus passos por onde caminhava.

A história continua...

Carta Jam

Foto: Cia. As Marias, 2015


Carta Jam - por Cristiane Santos



- Maria, estou te enviando este mapa para saber se ainda deseja dançar comigo? Esta é a pergunta fundamental. Meu desejo é por esta alquimia antiga da dança.


- Lembra-te desta praça e de como neste dia a tornamos nossa, assim como tantas outras vezes, porém neste dia havia algo de diferente no céu, os astrólogos diziam que a Lua caminhava em direção a Gêmeos... Então as escolhas agora eram muitas assim como as reticências que insistentemente eu coloco nas cartas que te escrevo.


- Maria, quis inserir mais linhas neste jogo. E assim tornar esta dança um rito, seus pés perfumados de rosas vermelhas escolheram dançar este vermelho intenso, sua dança Maria, vem acompanhada de misteriosos impulsos...madalenas, filomenas,

 

Vai começar o Baile!

 

Jam – Dançando com a Cidade

 

 

1.           Despir seus sapatos 

Provocar a dança...Irromper o cotidiano...

 

 

2.           Escolha um sapato que te chame atenção

Allegro... Allegro... Allegro...

 

 

3.           Experimente mover-se com este sapato. Ande de frete...de costas...de lado...por linhas retas e sinuosas

Tracejadas, enviezadas, obliquas, opacas, molhadas, secas, redondas, lisas, grossas e sensuais...

 

 

4.           Olhe as pessoas

Me conte um segredo...

 

5.           Olhe o espaço

Provoque um escândalo...

 

 

6.           Quando os sapatos rangem. Quem diria? São os teus pés que estão cantando!

 

Você que um café?!

 

 

7.           Experimente Ser Outro

Seu corpo frágil-potente me provoca...

 

 

8.           SORRIA VOCÊ ESTA SENDO FILMADO!

Este lado é para cima!

 

 

9.           O que acontece quando eu perco o chão?

Ritornello¿!

 

 

10.        Footfalls ou por onde caminham os pés?

o mar...mar... Adágio...Maria...o mar...

 

 

11.        Acelerar e desacelerar o que você estiver fazendo!

Canon-kanon- kaíros

 

 

12.        Dance com o Outro

o Outro sou Eu

 

 

13.        Pause

(         )

 

14.        Dançando com a Cidade

Vai começar o Baile!