O
branco e seus precipícios,
No
branco principiava um convite: o alivio de um chá.
Um
chá, uma calMaria.
“inspiro-me
no que é uma força e uma vulnerabilidade, diante da lembrança e do esquecimento”
(Herberto Helder)
A
mulher do véu, o Anônimo: Para onde a dança conduzia?
-
As ruas são para dançar!, ela dizia.
-
As ruas estão em pandemia!, ele dizia.
-
E agora? ela se interrogava diante do torvelinho dos dias
-
mais um chá para acompanhar as esperas.
Para
onde a dança conduzia?
O
branco, a Terra . . .
Estamos
no meio e na atualidade dos caminhos: andor
-
E agora?
Interrogativa
e com a gravidade de quem segue um antigo ritual ela se deita na terra vermelha
do desejo, encosta “a cara à terra profundíssima para escutar o seu úmido
sussurro atravessando-a toda e passando por mim” (Herberto Helder)
Patricia Santos
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