Com o material poético-corporal gerado em "O Outro Sou Eu", a Cia foi selecionando e buscando recortes dentro destas muitas portas abertas nos estudos e construindo de maneira experimental metodologias e procedimentos artísticos para um corpo de sutilezas que surgiam nas improvisações.
"Como manter este corpo de pequenezas no espaço urbano tão cheio, lotado de estimulos, tudo sendo consumido na pressa?"
"Mas este espaço urbano, estas arquiteturas e memórias também não são poéticas que geram outros estados, outros corpos e movimentos corporais?"
Das novas perguntas, das antigas perguntas re-feitas, os novos olhares, vontades e pesquisas, em 2010 nascia “Das
Fragilidades”, espetáculo de dança contemporânea inspirado
na obra da fotógrafa Francesca Woodman,
(1958-1981) e nas conexões estabelecidas com a arquitetura do espaço urbano, gerando por meio da linguagem
da dança outras formas de ocupação artística dos espaços abertos.
"Das Fragilidades"
com Cristiane Santos, Cibele Mateus e Cris Abreu
fotos: Anderson Gomes e Patricia Santos
matéria no jornal ABCD Maior
Foi dentro das experiencias do "Das Fragilidades" que surgia então dois apontamentos que foram os gatilhos propulsores para o acontecimento do próximo sábado 29:
anotações do projeto "Das Fragilidades" maio de 2010:
"Fomentar e promover a linguagem da
dança contemporânea na cidade, através de ações como: abertura do processo de
pesquisa, mesa de discussão com artistas/pesquisadores da área da dança
contemporânea, workshop de dança, realizar Jam de
Dança para espaços abertos, (encontro para improvisação de dança
contemporânea aberto ao público em geral e interessados no diálogo, criação e
interação entre a dança e outras áreas artísticas)"
"Dançar com a
cidade é diferente de Dançar
na cidade. Dançar na cidade é somente transformá-la em cenário para sua
ação. Dançar com a cidade implica estabelecer relações com esta. Dançar com
suas pessoas, suas dinâmicas, seus afetos, sua arquitetura é pensar o espaço como um espaço vivo. Espaço
sujeito a relações e perspectivas que o coloca em movimento, dançar o espaço,
colocar-se numa perspectiva relacional retirando-o da fixidez e situando-o no
momento presente da ação de quem faz e de quem aprecia.
Entre dois, uma terceira possibilidade se anuncia .
. . criar com o
passante/ público uma outra poética para cidade."
Lefebvre
Lefebvre
Nenhum comentário:
Postar um comentário